APEGO E DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

 

O que poderemos esperar
daqui a algumas horas?
Onde estaremos daqui a instantes?
Teremos como levar conosco, nossas quinquilharias
em nossas idas e vindas?
Podemos responder essas perguntas segundo o que esperamos,
de acordo com o que planejamos, segundo nossas expectativas e nossas querências...

O mundo gira e nossas vidas prosseguem, e no sentido mais aprofundado do assunto não podemos
dizer com certeza, o que nos sucederá daqui a segundos,
meia hora, dias ou meses...
Quando nascemos, temos que romper barreiras, sozinhos e assim também no momento da grande
transição, viemos e partimos sozinhos.
Nada trazemos ou levamos conosco, a não ser o resultado de nossas lições,
nosso aprendizado pelos mundos de exílio e aferição.
Na vida os momentos mais significativos, nós os vivemos sozinhos, apenas nós mesmos e nossas
bagagens, ou seja, não são nossas quinquilharias pelas quais muitos de nós comprometemos saúde,
a própria paz, a vida até, insensatamente prisioneiros de nós mesmos.
Quantos nesse exato instante estão agrilhoados, vivendo os desequilíbrios intermináveis da
dependência e do apego de mil formas; escravizando a própria existência a vícios e sentimentos mal
conduzidos que levam a criatura a fazer-se prisioneira das ilusões que alimenta dentro de si mesma.
Ali é o sentimento das posses materiais alucinando criaturas em teias de crimes, violência e desvario,
não muito longe, é o desequilíbrio afetivo impondo dores pungentes na harmonia das sociedades,
onde os ecos das relações cotidianas se transformam em esgares ferinos do ciúme que varre o
interior do ser em mil formas diferentes, como se fossem tentáculos de monstro inquisitivo, criados
pelas cadeias viciosas da dependência emocional.
Mais além é o alucinante jogo de poder que seduzindo a muitos com promessas risonhas e fictícias
espalha ao redor o terror e a vingança, martírios e mortes no dia-a-dia nas avenidas e ruas...
Os apegos vão crescendo e crescendo á medida que a ilusão do ser o coloca como dependente direto
de coisas, formas e pessoas, faz-se escravo de si mesmo e de outros seres por desconhecer
que bem dentro dele mesmo é que está e sempre esteve a própria liberdade.
E seguem assim , os seres, escravizando-se, angustiando-se em lutas e disputas porque não
aprenderam a criar com suas mentes a chave de sua mesma liberdade...
Um disputando coisas, pessoas, isso ou aquilo...
Enquanto outros discutem o proceder daquele outro sem sequer cogitar
de corrigir em si o mal que enxerga noutro.
Não pensou ainda que aquilo que vê no semelhante é apenas o reflexo dele mesmo.
Ele vendo seu próprio lado escuro na vítima de suas acusações desmedidas...
apenas o seu reflexo, o espelho em que pode mirar suas próprias deficiências...
Crescem a críticas, crescem as acusações, cresce a falta de diálogo
e o números de alienados, desvairando-se nas prisões que criam para eles mesmos...
É preciso amar, como se houvesse mil amanhãs...
Porque o mundo continuará girando...
Porque iremos e voltaremos num ir e vir...
Não haverá lugar para as quinquilharias amontoadas ao nosso redor...
Partiremos com o resultado de nossas provas, nossos testes de aferição.
E eles estão gravados em nós mesmos em seus feixes de energia, boa ou ruim...
Voltaremos com nossas conquistas e nossos méritos ou deméritos...
estaremos nus como quando viemos um dia...
Não somos donos de nada e muito menos de alguém...
Não podemos possuir nada nem ninguém...
Não podemos levar conosco nada além de nós mesmos...
Somos livres criando nossa chave de liberdade
Ou somos escravos em nossas próprias cadeias forjadas com nossa mente...
O que poderemos esperar daqui a algumas horas?
Onde estaremos daqui a instantes?
Teremos como levar conosco, nossas quinquilharias
em nossas idas e vindas?
Por isso é preciso não alimentar ilusões de Apego ou dependência
Por isso é preferível amar como se ainda houvesse
mil e tantos amanhãs...



Maria Inês de Paula Bomfim
07/05/2007
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